Quem precisa de terapia se tem amigos?!?

Carambaaaa... quando disse que minhas férias prometia, não estava brincando. A melhor coisa do mundo - tenho aprendido empiricamente (quer dizer, por experiência, para os leigos!) que os amigos são realmente um lugar onde podemos colocar nossa cabeça e descansar. Amigo rima com liberdade! Acabei de chegar do cinema com minha amiga Cintia. Fomos assistir ao filme Coração de Tinta (horrivel e dublado). Perdão, Cintia, por tamanha falta de senso cinematográfico. O filme é péssimo, sem conteúdo, estilo "walt disney de ser". Prefiro não comentar!

Mas volto ao que queria dizer. Fomos ao cinema e vimos ao filme. Tínhamos que conversar, colocar os assuntos em dia. As nossas vidas mudaram muito desde a última conversa ao telefone, onde estávamos separados por meia hora de metrô e não conseguimos nos encontrar, mesmo morando na mesma cidade. Depois nos falamos através de msn, orkut... mas cá entre nós, não é a mesma coisa.

E depois do filme, era mais que fundamental pararmos para conversar. E paramos. Fomos para a Orla de Camburi, que já disse anteriormente, está maravilhosa. E foram 04 horas de conversa, diálogo, partilha sem interrupção. Contamos fatos, casos, histórias, vida... nossa, como partilhar o bom e o ruim é lindo! Saber que somos e fazemos coisas boas e ruins, e aprendermos a lidar com esses contrários existentes dentro de nós é mais perfeito ainda. O melhor, poder saber que o outro nos acolhe como somos sem julgar e nos questiona produtivamente e positivamente.

Chego a uma terna conclusão de que amigo é a coisa mais linda que podemos cultivar ao longo de nossa existência. Pais e mães são lindos, mas não escolhemos e nos amam de graça. Amigos, esses a gente escolhe e aprende a amar mesmo que custe alguma coisa, nem que sejam 04 horas de ouvidos mútuos a se escutarem.
Tenho que agradecer a Deus pelos próximos mais próximos que Ele me deu. Tenho que ratificar aqui: a Leila tinha que estar lá. Por que foi faltar?!? Pena. Mas creio que era pra ser assim...
Andamos no calçadão, tomamos sorvete, disfarçamos e saimos meio de espreita de um carinha que estava rondando (rs!)... sentamos perto de um povo e sem perceber, falávamos da nossa história como se ninguém estivesse por perto, mesmo que a dois palmas de distãncia (rs!). Devem ter nos achado meio loucos... queria escrever tudo o que conversamos naquele lugarzinho, seria uma insanidade mental, mas que é engraçado a vida, isso ela é.

Então - "tipo assim" - valeu Cintia pela nossa partilha. Obrigado por também ter me escutado. Pelos toques que me deu. Não vou esquecer dessa noite super agradável, sai de alma lavada e mais um pouco de mim. Numa partilha de vida, ninguém sai perdendo por ter entregado um pouco de si para o outro, mas ambos crescem por um único motivo, vida não se doa sem receber em troca. Assim como partilhou um pouco de si, recebeu um pouco de mim também. E o que é amizade, senão enriquecer o outro com aquilo que é de mais belo: a Vida!

Boas Ondas!

Aloha.