terça-feira, 15 de junho de 2010

O tempo é cruel! Mas a ilusão é maior ainda.

Pensar no tempo ao seu favor é uma das coisas mais difíceis de fazer, quando toda a indicativa diz para você que está perdendo o tempo. Pois este é o exercício que tenho feito, acreditar que tudo tem o seu momento e a sua força a favor de nossos objetivos. Sair de uma estrada tão bem traçada e muito confortável não é nada fácil para qualquer pessoa normal. Nós acostumamos muito fácil com aquilo que nos é estruturado ao nosso gosto, ao nosso desejo e muito mais, quando já sabemos lidar com as situações de normalidade (dentro de nossos conceitos de normalidade).
Larguei tudo que tinha para alcançar o sucesso dentro do seguimento que estava, dentro de uma “carreira”, para seguir uma outra “carreira”. Engraçado, lembro-me que a sensação de deixar algo para trás, só é confortável no início. Depois de um tempo passamos a achar que estamos ou fizemos tudo errado, e mais a frente ainda, aprendemos a construir uma vida livre, sem conceitos de bom ou ruim, mas que foi construída com seu esforço. E ver que isso funciona é gratificante demais. Conhecer pessoas, gerar novos papéis e ter a consciência que suas escolhas fazem parte da construção de sua história porque você assim desejou e não um sistema que te direcionou (para não dizer, empurrou) é a coisa mais humana que me percebi fazendo.
Quando optei por deixar o seminário, eu fui vendo que estava como naquelas matérias de revistas que mostram pessoas mudando radicalmente de vida. Onde nem tudo são flores, mas há sempre um final cheio de expectativas e de buscas pelo crescimento pessoal. Eu decidi tomar conta de minha vida, ser dono e minhas coisas e de meus perfis sociais. Ter a possibilidade de dizer quem eu quero no meu ORKUT, no meu MSN, no meu FACEBOOK, sem a preocupação se a imagem de outrem seria desgastada ou não. Poder conversar com quem eu quisesse, a hora que eu quisesse. Poder excluir ou nem sequer pensar em incluir em minhas listas de contatos, com a preocupação do que poderia causar na vida da pessoa, sendo eu alguém que mostrasse o sagrado tão de cara. Livrei do peso de ter que exercer um papel, sem ser humano.
Hoje, ainda não consegui tudo que busquei, aliás, estou no início de conquistar as coisas. Entrei sem nada e saí sem nada – explicando! – naquilo que se refere a estudo. Naquilo que se refere crescimento humano, ótimo. Mas, infelizmente, o crescimento humano não me oferece emprego. Preciso de um curso superior e de um bom QI, mais o QI do que o curso superior, mas isso será alcançado até o final do ano. Depois as coisas se ajeitam.
Lembro sempre de uma conversa com alguém (não vou dizer o nome) em que dizia: não ficarei aqui por muito tempo, eu sei disso. E foi na melhor fase de minha história e de meu desenvolvimento pessoal que decidi tomar outro caminho em minha vida. Aos trinta anos, eu decidi tomar as rédeas de minha vida e escrever a minha história sob as rédeas de minha própria consciência.
Deixei os muros e vim para o “mundo”. Que riqueza, que liberdade e que sabedoria as pessoas possuem aqui fora. Muitos não pensam, no início, como seria bom o ser humano ser fiel e feliz na integralidade, mas essa situação passa depois de um tempo. Nós é que mudamos. Hoje eu converso com todos os tipos, jeitos e situações de pessoas. Todas têm pontos positivos e negativos da vida como todo. Elas construíram seus saberes acerca da vida pela experiência vivida. Engraçado! A primeira coisa que eu vi de errado comigo foi o fato de eu construir meu saber pelo que os Outros disseram ou o que a Igreja disse. Meu Deus, onde estava o senso do certo e errado que eu sempre disse ter? Eu sempre pensei ou sempre me fizeram achar que eu pensei que pensava? Na vida eu tenho somente um pensamento: vou ser feliz, estruturado, com sucesso e, acima de tudo, coerente no que eu faço.
O grande mérito do ser humano é a conquista por aquilo que é dele, com o suor de seu rosto. E só quem consegue vivenciar isso pode dizer que sabe o que é a vida. Escreverei sobre meu sucesso, não muito longe. Aguarde.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Quem pode pode...


Bom dia a todos. Ontem não terminei meu blog saudando a todos com meu ALOHA. Explico, se vocês notaram. Eu não terminei justamente porque não estava em clima para desejar alguma coisa. Ainda me restabelecendo das minhas reformulações, tento pensar positivamente para essa angústia que é a falta de emprego. Ora, o que é pior que estar em casa o dia todo enviando currículos, indo até os lugares e não obtendo acesso positivo para o que você possa ter um ofício a exercer? Não tem nada pior e sei hoje eu sei o que passa na cabeça dos desempregados do Brasil. Então, dica de veterano: se quiserem entrar para alguma entidade religiosa durante a sua juventude, tentem primeiramente um vestibular, façam um curso superior e depois pensem seriamente entrar no seminário. Investiguem se ele te dará um curso superior reconhecido e se você poderá ter algum ofício remunerado dentro dele (este último podemos descartar, se bem que há liberação de tantas coisas que não duvido se você não encontre algo que te realize ali dentro, como profissional).
Acordei pensando um pouco mais positivo, pensando um pouco mais em mim e menos no que poderia oferecer a alguém. Correndo atrás do prejuízo, vejo que o pensamento positivo é fonte de alegria. Sonhar e correr atrás dos seus objetivos são importantes e querer uma vida nova no futuro é saudável. O que posso concluir com tudo isso é que, sendo organizado da forma como penso ser, terei uma condição de vivenciar uma vida mais frutuosa, o que falta é o inicial para dar o ponta pé na minha vida e ser administrador de meus próprios bens.
Leio e me questiono se tudo o que fiz foi errado. Se sair do seminário foi a decisão correta. Olha, chego a conclusões tão profundas que a liberdade oferecida por mim agora me faz ir contra algo que foi socado dentro de minha história e percebo quanta ilusão nós trazemos acerca do que é espiritualidade e o que é religiosidade. Percebo um sistema muito frágil dentro de todos nós. Vivemos em busca de uma realidade quase inatingível e uma experiência muito subjetiva do que realmente quer dizer, servir a Deus. Um dos grandes questionamentos que me fiz, foi: se vocação é algo tão importante a ser seguida, porque a Igreja manda embora tantos seminaristas? E não digo aqueles que não fazem o processo natural da coisa, mas aqueles que têm vocação e por erro da própria Igreja exclui e rotula. Portanto, será que eles vão ter que sofrer a vida toda por não exercerem a vocação que lhes é própria, segundo a Igreja? Ou seja, a própria vocação não tem seu poder de dar alegria ou felicidade a alguém. E, mais ainda, a busca por um Deus que dá a vida se torna mais ampla do que nunca, ao depararmos com a felicidade dentro daquilo que fazemos enquanto seres humanos e não como seres humanos exercendo aquilo que dizem que devemos exercer.
Quem disse que somos isso ou aquilo? Quem determina a liberdade de alguém? A liberdade como fator de socialização e de humanização, perde seu valor quando o individuo perde a sua capacidade de ser o que é, onde quer que esteja. Uma vez vigiados pelo sistema que o cerca, ele perde a capacidade de expressar aquilo que ele realmente é e vive oprimido pelo próprio SER que o força a expressar algo que não pode. Sofre por dentro de manifesta uma dura realidade de viver sem sentido e sem motivos.
Olha, lendo A ORDEM DO DISCURSO, de Michael Foucault, percebo nitidamente isso dentro de mim e dentro de tantos que conheço. Ledo engano achar que depois de determinado tempo a gente conseguirá dizer o que quer e fazer o que quer. Seriam duas coisas mais repugnantes no caráter de alguém.
1) Você assina seu atestado de falsidade, não sendo coerente consigo mesmo e principalmente com aqueles que o cercam. Quem realmente é você? O que você realmente quer ser no futuro. Mas se era assim, porque mudou de repente?
2) Achar que mudará a situação quando na verdade não mudou nem mesmo você. Mostra que há sistemas muito mais políticos que religiosos. Muito mais de disputas de ego, do que de luta pela capacidade de crescimento de alguém.

Ora, assim funciona os esquemas e quero ser livre o suficiente para poder escrever o que escrevo e ser o que sou. Correr atrás dos meus sonhos está mais perto do que posso imaginar. Ter oportunidade para isso é questão de momento, de tempo, de espaço para tal. Agora, faço e vivo tudo isso com liberdade de ser feliz e ser alguém que pode ser mais e mais. A quem interessar posar, vivo feliz da vida. Sofrendo as demoras do capitalismo e sendo fiel a mim mesmo e aos propósitos que eu sigo. Engraçado, se omito alguma coisa hoje em dia, é para preservar a vida de alguns e não a minha. Mudei de foco, de estado de espírito, de religião (?). Seria o caso de repensar a vida e voltar aos fatos. Vivam e vivam com alegria e responsabilidade, tenham um ótimo currículo e alguém para te indicar. Assim é a vida. Por isso quem pode pode; quem não pode rouba para ter o mínimo necessário e não contas extras retiradas de não sei onde com dinheiro de muitos “alguéns”. Pensar e pensar. Eis a questão.
Se você se identificou com este texto deixe seu comentário. Positivo ou negativo.
Já ia me esquecendo.
Boas Ondas.
ALOHA.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Retorno ao que não era mais.


























Bom dia. Ou melhor: sejam bem-vindos novamente ao meu blog. Quase não escrevo por perder tempo com outras bobagens na internet. Confesso, sou adepto as tranqueiras que nos mantém colados a tela de computador. Bem ao estilo ORKUT de ser, minha vida só tem dado muitas mudadas para o bem e para o ao tão bem. Mas posso ter aqui um canal de presença e de colocar para fora aquilo que sinto. Mas não creio que este seja o intuito desta minha escrita. Depois de muito pensar sobre minhas idas e vindas neste ambiente, tomei a liberdade de voltar e escrever aquilo que penso e retornar a minha capacidade de ser pensante nesse mundo tão passageiro.
Ontem, depois de receber uma resposta negativa sobre um histórico, um bendito papel ao qual necessitava para conseguir dar aulas para o Estado, bateu aquela tristeza básica, mas nada demais, só frustração mesmo. E como sempre acontece comigo, paro para pensar em alternativas e colocar em prática minha resolução de vida.
Depois de exercer milhões de papéis com várias pessoas e várias pessoas exercerem milhões de papéis comigo, entenda-se aqui ao estilo psicodrama de fazer, resolvi ser um pouco papéis de outras pessoas e “dar a louca” e o salto necessário para ser feliz, ao menos enquanto não consigo um emprego decente. Não aquele da EMBRATEL que quer pessoas que trabalhem de graça durante 1 mês, como máscara de treinamento, e depois manda embora alguém que perdeu 1 mês da vida trabalhando de graça. Como já diz a nem tão célebre frase: ultimamente, nem injeção na testa está de graça, BOTOX é caríssimo.
Parei, refleti e pensei novamente sobre as diversas formas de sermos felizes. Não quero entrar no mérito da questão, pois dinheiro faz falta mesmo. Mas sempre falamos, ou melhor, eu sempre falei que o melhor é o ser alguém e não ter algo antes de ser. Estou tendo que colocar em prática esse quesito. Procurei rever meus conceitos e perceber que preciso de um emprego, também parei para entender que a situação não está em minhas mãos somente. Meus currículos estão entregues, eu não estou fazendo corpo mole e muito menos quero algo que seja desesperador e que contribua para minha infelicidade.
Eu tenho perspectivas de onde quero chegar e sei que sou capaz, pois massa cinzenta nunca me faltou, porém, percebo que estava entrando na onda de querer ser materialista e obter crescimento rápido onde não existe. Tudo é questão de tempo, trabalho e muito suor. Aburguezamento – e aí vai minha pontada a quem sentir – só traz para nós corpo mole no futuro. Tudo que é de mão beijada é chato demais, no futuro. Então, parei de sofrer as demoras de um sistema capitalista e que está fora do nosso controle. Estou a espera do que me é de bom e o que tenho a oferecer de bom, também.
Este será apenas uma postagem de reabertura de meu blog e nada mais. Fico feliz em saber que há pessoas que torcem por mim. Não um “sem noção” que veio em minha casa, prestar um serviço público, e se achou no devido direito de dar palpites sobre o que acha ou não acerca da vida alheia. Apenas, no estilo Elberth de ser, dei a entender que era para ele se manter no posto de funcionário público, fazer seu trabalho e ir embora. Já não basta ter entrado em nossa residência, ainda queria entrar na vida alheia. Poupe-me. Para isso tem meu Orkut. Digita lá e vai ver se me encontra. Tem informação demais para quem quiser saber de minha vida. Aliás, quando eu for novela para ser seguida, capítulo a capítulo, eu avisarei a quem interessar possa.
Termino com uma célebre frase: “Linhagem é no banheiro que se tem. Sozinho é que o pedigree mostra o rabo. Mesmo porque linha é não perder o respeito nem de si, nem dos outros, só isso, simples”. (Adélia Prado)