quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Tempestade em copo d'água?

Quando as nuvens começam a aparecer no alto de sua cabeça, já prepare o copo porque a tempestade está a caminho. Assim acontece com as pessoas que vão acumulando tarefas ao longo do ano ou, simplesmente, percebe que a vida proporcionou momentos literalmente punks para serem vividos e curtidos da maneira mais louca e absurda que existe: surtando de vez.
Poderia dizer que cada momento que temos para expressar nossos sentimentos são importantíssimos, apesar de ser uma pessoa reservada nesse quesito. Porém, necessito afirmar que não é tão simples ser tranquilo quando tudo foca para o lado negativo. Tenho uma frase criada em um desses momentos de "papo pro ar", que resume para muitos a capacidade de atração - quase kármica - dos fluídos energéticos obscuros: ALGUMAS PESSOAS POSSUEM O DOM DE DAR UMA GUINADA... PARA BAIXO!
Mas não se preocupe, tudo depende do olhar que você joga sobre as situações.
Uma grande parte de nossos planos não dão certo, a diferença de como eles afetam nossa vida está justamente na maneira que criamos para lidar com as nossas frustrações e, principalmente, se temos a capacidade de reerguer nossos sonhos e realizar novos projetos a partir dos escombros.
Conheço pessoas que buscam se encontrar diante do desespero de ver tudo o que planejou dar errado. Aprendi a perceber que outras possuem a criatividade de se entender melhor ainda, diante de determinadas situações ao qual nunca passaram na vida. Já outros indivíduos tem a imensa capacidade de reconhecer novos sentimentos que brotam de dentro de si mesmo (até mesmo os negativos) e percebem a humanidade correndo em suas veias. Repito, a vida é a melhor maneira de nos encontrarmos como pessoas fazedoras de oportunidades.
Uma das regras que utilizo em minha caminhada nesse mundo de lágrimas - se assim sofro com as dificuldades - é a de permitir sentir e expressar tudo o que ronda o meu coração, mesmo que seja através de um grito no travesseiro, reclamando no ouvido de alguém, escrevendo no tweet ou colocando posts e mais posts em meu blog. Nada passa desapercebido em minhas mal traçadas jornadas desesperadas de encontrar a felicidade plena. E isso é um direito que não podem me privar. Se não sinto o que quero no momento, para onde irei deixar essa energia evacuar, já que o que falei acima não significa a ofensa a alguém, mas a simples liberação de algo que é natural do ser humano, sentimento? Provavelmente reservarei uma boa quantidade de energia para iluminar uma megalópole por anos a fio. (Desculpe meu tom exageradérrimo).
Entrar em contato consigo mesmo através dos sentimentos é a forma mais bela e natural de notar um diferencial que existe em cada pessoa, a capacidade de transformar e encaminhar tais energias em coisas que podem dar um up na vida. Ora, se somos os donos de nossos sentimentos, também somos capazes de colocá-los a nosso serviço. Entretanto, é necessário aprender a sentí-los e ao mesmo tempo aprender a conduzí-los da melhor maneira possível.
Temos uma grande arma na mão para alcançar forças de onde parecem restar apenas algumas migalhas de felicidade nos momentos de angústia e solidão. Temos em nós mesmo um potencial gerador de vida e direcionamento. Podemos criar e recriar situações e sempre ter em mente que: a vida quando acaba é quando se inicia. Se não, poderíamos apenas inspirar uma única vez para nunca mais torná-lo a fazer. Assim são as pessoas sem sentido: inspiram-expiram (uma única vez) e não querem mais inspirar-expirar, e morrem.
Dê sentido ao sentimento, dê direção a emoção. Dê a si mesmo capacidade de pensar sobre o momento e ver que tudo que é vivido pode ser recriado e tudo que for recriado pode ser surpreendente.
Se acredita no seu sonho, não veja como impossível. Veja como demorado e espere, pois o tempo não é estático, é movimento. E o mês das bruxas também passa, assim como o mês da vida nova, sempre há de chegar. Portanto, esqueça a tempestade que está chegando, deixe o seu copo de lado... e tome um belo banho de chuva, assim as águas dos sentimentos bem direcinados, poderão lavar a alma e dar um novo fôlego a sua vida.
No mais...
Boas ondas.
Aloha.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Espelho, espelho meu!



Temos tantas ideias a respeito de tantas coisas, que são de papos simples que podemos tirar as melhores conclusões de nossas vidas. Ontem à noite foi um desses assuntos interessantes. Conversando com um amigo sobre questões do coração, chegamos a algumas hipóteses do que mais atrai uma pessoa a outra, dentre as mais variadas possibilidades, ficamos com as duas mais contundentes e opostas: o físico e a mente. Ora, você deve pensar que as duas coisas são um conjunto, porque nem sempre a beleza é tudo na vida e que também namorar feio (ao menos para seu gosto pessoal) não é ministério de caridade à pobre pessoa. Ou seja, nós somos dicotômicos na hora do amor sexual/atrativo.
Meu amigo ao falar sobre tal situação, disse que a beleza é algo que chama atenção sim, mas que no fim das contas, o que realmente tem importância para seguir adiante em todos os quesitos de uma relação relâmpago ou para uma relação mais duradoura é a inteligência da pessoa, o assunto, a agradabilidade. Porque a beleza nem sempre é amparada com questões provindas da alma. Achei bonito esse pensamento vindo de um jovem de 25 anos, um pouco mais novo que eu e com capacidade de ter milhões de oportunidades amorosas na vida, mas preferiu acertar com uma pessoa somente, com o qual é muito feliz e diz ter se apaixonado pela beleza interior da pessoa (sem desmerecer a exterior, óbvio).
A partir desse pensamento, resolvi pensar sobre a beleza e o que faz com que ela seja tão importante nos dias de hoje. Seria ela a vilã?! Será que a beleza é inimiga dos relacionamentos?! Então, namorar feio é o que vale?! O que é feio?! Existe padrão de feiura?! Muitas perguntas saem nesse momento, mas não convém respondê-las. Vamos para outros caminhos.
O senso estético está presente em todos os seres humanos. Não podemos negar que qualquer pessoa que se preze fica encantada diante de uma beleza sem comum. Observar o pôr do sol, a natureza, as obras de arte, alguma música com letra ou instrumentos bem arranjados e harmonizados. A arte tem esse poder de prender a pessoa e fazer com que ela perceba que algo está além daquela matéria. Por isso, é notoriamente dado como certo que o senso estético é um dom acoplado em todos nós.
A beleza tem em sua bagagem a capacidade de nos levar a algum lugar. É ela quem nos conduz, ela quem nos remete a distanciar no tempo (passado ou futuro) a qualidade de (re) vivenciar e (re) sentir momentos. É algo que só pode vir dela. É uma propriedade tão maravilhosamente bem traduzida nas circunstâncias da vida que ainda não demos conta de que não há a menor possibilidade de aprisioná-la. Mas tentamos essa estratégia a qualquer custo. E é por isso que, muitas vezes, trocamos a beleza interior pela exterior. Não percebemos que o senso estético é a capacidade que temos de nos deixarmos levar pela beleza que nos captura e alça voos com nossa mente, nossa alma. A beleza só se torna prejudicial quando queremos aprisioná-la e fazermos ela viver a nosso bel prazer.
É por isso que o valor estético perdeu seu sentido e passamos a dar mais autoridade a aquilo que é externo e não a aquilo que é externalizado. Olhamos somente o invólucro e esquecemos de dar
sentido ao conteúdo que o preenche. É claro, a beleza de uma pessoa chama a atenção, mas ela apenas revela a "boniteza" estética de alguém, mas aplicar valores maiores a aquilo que aparenta ser uma sedução enlaçadora é mais que importante. Em épocas de prazer livre, onde o hedonismo é considerado uma coisa normal beirando ao natural, resgatar valores próprios da estética da fisionomia humana é fundamental para amar além das aparências. É óbvio que em matéria de sexualidade, a aparência chama a atenção, mas quando isso for tudo na vida de uma pessoa a felicidade nem começou a existir, ao contrário, provavelmente ficará perdida entre tantas beldades existentes no mundo e não saberá onde repousar a cabeça e o coração. Correrá de lá para cá, porque busca belezas objetivadas no corpo, quando a verdadeira razão de se encontrar com o amor verdadeiro está na beleza interior, conquistada por algo que a gente nem sabe ao certo como é, apenas nos encanta diariamente e mostra uma beleza que não é corrompida pelo tempo, mas é cada vez mais agraciada com a maneira de ser e de viver.
Lembremos sempre que não podemos aprisionar a beleza, é ela quem nos aprisiona. Querer tê-la nas mãos é o primeiro passo para que ela escape do nosso controle e nos veremos perdidos, correndo atrás daquilo que não se alcança, mas que é ao contrário que se vive.
Para finalizar esse texto, deixo um exercício para fazermos (ou pensarmos). Lembra daquela pessoa que uma vez você disse não ser bonita, mas que tornou-se sua conhecida ou amiga? Então, perceba como seus padrões de beleza mudaram e agora ela é até bonita aos seus olhos. Será que a beleza não te enlaçou e você consegue enxergar realmente o que é a estética de cada pessoa, deixando o externo de lado e vendo aquilo que é externalizado? Pense nisso.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Em cartaz: minha vida em 3D!



Nossa vida sempre tem uma expectativa de entrar na tela de cinema e roubar a cena de qualquer personagem que tenha um final feliz, de preferência com o par perfeito. Não precisa ficar rindo, não! Você não é a única pessoa nesse mundão de Deus que já falou a famosa frase: "eu quero um amor assiiiiiim!". Sinta-se acolhido e acolhida por milhares de indivíduos solitários, ou melhor, solteiros que teimam em assistir a esses filmes, sempre reclamando que coisas assim só acontecem no cinema, mas no fundo ainda querem uma vida como a do personagem. Sabemos que é mentira, mas gostamos de nos iludir com a possibilidade, mesmo que profundamente remota, de acontecer com a gente.
Agora, é hora de dar a grande virada e provocar acasos em nossas vidas, que possibilitem que ela não esteja somente nas telas de cinema, mas nos dê a alegria de acreditar que filmes podem se tornar realidade. Eu não acredito em filmes, sei que não são reais e garanto que você também não acredita que aquilo realmente aconteça, mesmo assim, não precisa descartar as possibilidades de encontrar alguém daquele jeito. Quem sabe a pessoa que você tanto procura não está na simplicidade da vida?
De uns tempos para cá, tenho questionado alguns pontos fundamentais para um relacionamento dar certo.
O primeiro ponto: todo personagem tem um encontro um pouco fora da normalidade. Seja no aeroporto, no aluguel de uma casa, numa aposta com amigas, defendendo causas justas ou injustas. É o vizinho novo ou a vizinha nova. Temos "n" possibilidades de encontros dentro dos filmes. E acredito que a primeira coisa que isso nos ensina é que também temos "n" possibilidades de encontrar alguém nos lugares que vamos. O que não adianta é você ficar trancada em casa esperando alguém bater a sua porta. Isso não vai acontecer. Se acontecer, pare de ler o resto deste texto e termine a cena do filme que você está participando.
Voltemos!
Gente, é preciso sair. Deixar-se ver. Conhecer pessoas. Cada dia mais eu afirmo que estamos trancados numa situação em que não temos mais contatos com ninguém de diferente. Os amigos permanecem os mesmo e as pessoas que agregam em nosso círculo de amizade nos impede duplamente de crescer como pessoas em relação a outras, e de mostrar que estamos SOLTEIROS e QUERENDO um RELACIONAMENTO SÉRIO COM ALGUÉM.
Parece ser um pouco forçado o que vou dizer, mas tentarei não ser vulgar. A vida social de alguém que está querendo encontrar sua Barbie ou seu Ken é igual curriculum: ou você se põe na praça ou ninguém sabe que você está querendo um emprego. Nesse caso, você acha que alguém vai ligar para você e dizer: - Olha, eu estava olhando na lista e vi seu telefone. Você quer namorar comigo?!
Repito, não leve para a vulgaridade. Mas sair para algum lugar interessante faz parte do primeiro ponto de partida. Ver gente e deixar a gente te ver, é primordial para saber se o negócio vai render ou não. E acho que internet é igual comprar uma câmera fotográfica através dela: você acha lindo o produto na tela, ao vivo a TEC PIX consegue ser melhor.
Segundo ponto: em filmes pode acontecer, mas na vida real é complicado. Quem se apaixona por alguém que acaba de levantar e está descabelada ou todo amarrotado? Acho difícil. Geralmente, só em propaganda da MOLICO (já diz a encalhada da peça "Cócegas") ou com Gisele Bündchen em qualquer situação da vida dela. Convenhamos, mulher passa horas na frente do espelho procurando a melhor roupa para impressionar. E os homens fazem a mesma coisa, só que com 1 ou 2 horas a menos. É fato, cabelo com frizz e barba mal feita, é depois de alguns meses de namoro (sério). Para as mais puritanas, não fique pensando que é coisa errada se arrumar para conquistar alguém. Faz parte da feminilidade, faz parte do encantamento.
OBS: evite bota branca (qualquer altura de cano) e sapato AnaBela (de cortiça) - totalmente errado para qualquer pessoa normal e anormal.
Ser charmosa sem ser vulgar é uma arte que poucas dominam. E ser cavalheiro sem ser fresco, é arte para pessoas inteligentes. Então, seja você. Não queira ler todo livro de Rosely Sayão ou de Vanusa, para dar uma de dama ou de gentleman, não vai dar certo. Valorizar quem você é nunca é demais. Ao menos você poderá se apaixonar por si mesmo e se sentir mais lindo ou linda do que nunca, então, garanto que não irão faltar pessoas que queiram te conhecer melhor.
Terceiro ponto: Ninguém é perfeito. Cansamos de dizer sobre isso. Estamos repletos de afirmações acerca dessa verdade absoluta e entranhada no ser humano. Então porque você teima em achar erro em quem está cheio deles?! Porque não procura encontrar coisas positivas? Acho que será muito mais interessante ver o que atrai e não o que distrai. Se perdemos tempo dizendo o que não presta, é porque o que presta não te sustenta para uma relação. Ou seja, todo mundo não irá bastar para você. Pegue o DVD, coloque o filme e faça muuuito brigadeiro e fique em casa mesmo. Não terá solução para seu caso!
Nos filmes, aparecem os defeitos, as traições, as dificuldades e tantas outras coisas para impedir um relacionamento, porém, no fim, fica o arrependimento, a reconciliação e um beijo cinematográfico que faz todo mundo salivar. Não é verdade?! Mas esqueça o beijo, a reconciliação e o arrependimento. Vamos ao que interessa!!! Ter uma relação sadia requer maturidade. Diálogo. Verdade. Partilha. Deixar-se conhecer e conhecer a outra pessoa. Isso é base para um ótimo início de romance.
Esses são apenas três pontos que penso ser primordiais para conhecer alguém que seja, ao menos, parecido com aquele romance do filme que você viu. Com certeza, você deve ter muito mais pontos a serem discutidos. E você pode, também, dizer que já faz isso tudo e não dá certo. Mas deve ser porque a pessoa com quem você deseja ter um affair esteja pensando a mesma coisa. Ou seja, dois bicudos não se beijam.
Por fim, tenho apenas mais uma dica para você entender o que realmente impede muitas pessoas de conhecerem alguém legal: evite a visão Thundercat - além do alcance.
Pra que visualizar uma pessoa que está tão distante, no mundo da imaginação? Às vezes, perdemos oportunidades de conhecer pessoas legais e tão apaixonantes com quem convivemos diariamente ao nosso lado, porque queremos o que está lá no fim do arco-íris - é mais bonito e mais fantasioso! Permita que seu dia a dia revele as possibilidades. Ao menos, como nos filmes, poderá encontrar com alguém na padaria e trocar um olhar diferente e um sorriso de canto de boca e um telefone escrito em um guardanapo e...
Confesso: apesar de não acreditar nos filmes de comédia romântica, eu acredito na possibilidade de um amor daquele, fazendo a vida acontecer com naturalidade e sendo o mais leve possível... a oportunidade aparece quando damos a chance para ela estar viva em nossa vida.
Tenho que terminar aqui, porque vai começar um filme massa para ver: "O Amor Não Tira Férias"... já vi várias vezes, e sempre me pego chorando com o cara no final... é fato. Não acredito em filmes, mas acredito que pode acontecer comigo também.
Boas Ondas.
Aloha.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Padrinhos mágicos!


Tenho percebido que muita gente tem passado pelo meu blog e deixando seu pensamento vagar naquilo que escrevo. Se de alguma forma exijo que você questione a si mesmo ou aos outros sobre determinadas atitudes, nem precisa deixar seu comentário, já está de grande valia essa situação provocada.
Olhando para outros tantos fatos que a vida me proporciona, mediante algumas obras literárias em mãos (essa frase ficou muito rebuscada, mas está valendo!) parei para entender e experimentar os fatos cotidianos daquilo que eu chamo: o momento atual.
Quem nunca viu um filme em que o personagem principal joga tudo pro ar e muda completamente de vida, e ficou imaginando em fazer a mesma coisa? Quem alguma vez já pensou jogar para o alto uma brilhante carreira em vista de um sonho que parecia dar mais prazer que dinheiro? E quem não sonhou na vida fazer aquilo que gosta e ganhar por isso? Acho que qualquer mortal depois que arruma seu primeiro emprego já pensou em alguma dessas possibilidades. Afinal, raridade encontrar alguém que tenha alcançado o seu primeiro emprego fazendo o que gosta e ganhando o que merece (ou mais!).
Nós já sabemos que a vida é uma construção de fatos. Compreendemos que a política financeira influência nos empregos e oportunidades que aparecem. E estamos totalmente desacreditados que um "Luciano Huck" vai bater na nossa porta e dizer que sua family está no "Lar Doce Lar". Mesmo porque você não escreveu para ele.
Mas você tem projetos, que são projeções daquilo que você montou para a sua vida. Isso é comum, só que as pessoas não querem mais acreditar que sonhos são possíveis de alcançar. Por quê?! Porque acreditam que para serem alcançados esses sonhos são necessários vários Gugu's, Celso Portiolli's, Luciano's, Netinhos e várias Transformações para sua vida ser outra. Estamos comprando a dura mentira que tudo se consegue por um passe de mágica, através de um padrinho ou madrinha mágicos.
E a vida real não passa por isso, a vida real passa pelo trabalho, pelo esforço e pela possibilidade de alcançar seu sucesso através de sua vitória pessoal. E aí é que se encontra a beleza de acreditar que é possível, e que ninguém possui meios de interferir em sua experiência a não ser você mesmo. Largar algo para tentar aquilo que sua intuição almeja, valerá a pena se tiver a mesma disposição para conquistar seu espaço e manter a dedicação para tal. Mesmo que dure um certo tempo.
Gerar pessoas capazes de manter seu ritmo e sua persistência é algo que não está muito em voga no mercado. É necessário pessoas com dúvidas, com medos e com dificuldades de manter na linha suas emoções, seja elas quais forem. Faz parte!!!
As pessoas capazes de ter equilíbrio aguardam a oportunidade para dar cada passo na vida. E mesmo quando a vida não anda tão a seu favor, ela percebe o momento e as prioridades para dar cada investida naquilo que ela projeta para o futuro. O grande problema é que diante dos apertos que as possibilidades fornecem a alguém, diante de tamanha falta de estrutura, as pessoas acabam dando qualquer passo, sem pensar naquilo que resultará no final.
E sempre encontramos (e encontraremos) pessoas dizendo que o grande responsável pela sua felicidade é você mesmo. E é verdade. Mas ninguém diz que o grande EXPERIMENTADOR de sua vida é você mesmo. Ninguém vai experimentar o que você vive, mesmo que tenha passado pelo mesmo problema. E nem compreender a dor que você sente, ou a alegria, ou o desespero ou seja lá qual for o momento. Você é o único que percebe a experiência pessoal e a vive. E é por isso que você é capaz de mudar toda a sua vida porque somente você saberá qual é o real motivo de isso estar ou ter acontecido.
Além do mais, será essa experiência que dará a você o caráter de ser a única pessoa nessa exata situação, por esse exato motivo e por determinada conduta.
Só aguentamos as conseqüencias de nossos atos, quando estamos cientes do que eles realmente são e o que poderão acarretar. Se hoje temos muita gente sofrendo por atitudes erradas na vida, podem saber, elas não tinham parâmetros dos passos que dariam. Não quero entrar em quesitos de ordem criminalística ou judicial, porque quem mata e rouba sabe dos passos que estão dando e o que gera tal atitude.
Estou falando daqueles que largam tudo sem ter um plano a sua frente. Estou falando daqueles que fazem de outra pessoa a vida para ser vivida. Estou falando daqueles que acreditam que um dia entrarão no BBB e terão o sucesso que sempre quis, mesmo estando ciente da vida útil dessas pessoas.
Está na hora de enxergarmos que projeto de vida é muito diferente de "sonhos voadores sem a menor trajetória da nave espacial". Sonhar é ótimo e faz parte do ser humano, mas todo voo dado por um avião precisa de uma rota de saída e de destino, se não fica a deriva e quando acabar o combustível em pleno ar, a única coisa que vai ver é o chão que o espera.
Por isso, sonhe, corra atrás, espere o momento certo e siga o que seu coração está dizendo. Ninguém entende melhor o que está dentro de você. Acho que uma das grandes dificuldades que o ser humano encontra ao se deparar com algo que mexe dentro dele é não entender o que isso quer dizer. É a mesma situação de ir para o Japão e não saber falar japonês. Fica perdido!
Enfim, não seja frágil. Se quer dar vida nova ao seu viver através de mudanças. Só tem dois passos a dar: acreditar em você e saber o momento certo para cada passo a ser dado.
Boa sorte na empreitada.
Boas ondas.
Aloha.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Salvar uma vida: seja educado!

“Certa vez”, “um certo” contador de histórias (verídicas) disse “uma certa” frase que ecoou em meu cérebro (confesso, enferrujado): "a insensibilidade tem a mesma medida da ignorância de si mesmo". Nunca fiquei pensando muito sobre isso, até então. Hoje ela retornou em minha cabeça depois de fatos da vida comprovaram que a história (e a célebre frase) faz sentido.

Não sei em qual direção começo a escrever, mas o ponto central desse post é o direito que o ser humano adquiriu – não me pergunte como – de ser solidário com alguém. Nós nascemos solidários, mas a insistência que as pessoas possuem de não produzir benefícios é gigantesca e não estou dizendo sobre os assaltos, mortes, furtos, drogas e outras mazelas da sociedade.

Eu quero focar em algo que estamos deixando passar batido por conta da concorrência que o sistema produz no ser humano: a boa educação.

Ser educado é um dos métodos mais infalíveis para se conquistar a alegria de alguém. Porque a educação simboliza respeito pelo espaço do outro e, mais que isso, significa que ao respeitar esse espaço você dá o direito ao outro de existir, da maneira como ele é e não somente como você o enxerga.

Imagine que você está numa fila de ônibus, esperando durante quarenta minutos o seu meio de transporte chegar (isso vale para qualquer fila). O ônibus chega e alguém que estava lá atrás passa na sua frente, como se fosse a coisa mais natural. Não digo o fato da falta de educação, eu digo que você simplesmente não existia para aquela pessoa. O seu direito de espera pelo ônibus e de ser ALGUÉM não foi respeitado.

Alguém joga o lixo na rua, no chão. Jogam chiclete no chão, em qualquer lugar, como se o planeta Terra fosse somente dele e os seus pés santos fossem os únicos a pisarem o solo sagrado. E depois reclamam de enchentes, de falta de urbanização. Quantas praças depredadas, quantos telefones públicos quebrados, quantas lixeiras esmurradas por pessoas que não foram distintamente qualificadas para existência (ou se foram, perderam o caminho de chegada ao Homo Sapiens Sapiens).

Parece que a vida gira com o “cada um na sua e todo mundo fazendo o que eu quero”. A existência se torna mais um existir sozinho no mundo e o resto se torna objeto de valor agregado na medida em que me serve.

O ser humano esqueceu seu sentido de solidariedade. Esqueceu sua existência de doar para receber. De ser alguém para outro alguém e não para um objeto.

O ato de dar felicidade a alguém vai muito além do dizer “eu te amo”, que é reservado para alguns. Mas se aprendermos que ser educado é não jogar o lixo no chão, não quebrar coisas em benefícios de todos, dar lugar para sentar a pessoas que necessitam, ou que simplesmente faz você lembrar que agüenta uns minutos em pé ao invés daquela pessoa... e tantas outras coisas, já faria diferença no mundo.

Um abraço faz bem, um sorriso faz bem, um pedido de desculpa faz bem...

O mundo já está cruel demais para contribuirmos com tamanha insensibilidade. Reconheçamos que fazemos parte de um todo, muito maravilhoso quando vivido com a verdade do que somos.

Estamos sendo criados pelo sistema da concorrência, uns contra os outros. Estamos sendo levados a acreditar que o outro é concorrente em tudo que fazemos, até mesmo fora do nosso trabalho. Já não temos tolerância com os que estão aprendendo (alunos de auto escolas), com os que erram (os que não conseguem estacionar), com os que buscam acertar (erram e tentam novamente a acertar a vaga). Não conseguimos mais escutar as pessoas (jovem com mp3 sem fone de ouvidos, e uma senhora em pé no ônibus), não queremos mais escutar ninguém (jovem com mp3 com fone de ouvidos e uma senhora em pé na sua frente), não precisamos mais escutar ninguém (jovem com mp3 com fone de ouvidos, uma senhora na sua frente e ele fingindo que está dormindo). Onde foi parar a existência do outro? O caixão da vida se dá antes mesmo da passagem da morte. É quando matamos o direito existir de um indivíduo (mesmo vivo) que se relaciona comigo dentro do próprio espaço vital: o mundo.

Caminhamos para uma insensibilidade gigantesca, porque não sabemos qual o motivo de nossa existência. Se ao menos pensássemos que a vida é mais que ter carro do ano, celular de ultima geração e roupas de grife, entenderíamos que aquilo que teoricamente sobra em nossas mesas, falta na mesa de muitos. E não é uma questão – somente – de política pública o mérito de meus questionamentos, mas de você abrir seu guarda-roupa e verificar se tem alguma peça que você não usa há pelo menos 1 ano. Garanto que você não irá usar nesse próximo ano, então, doe, alguém está precisando daquilo que te sobra.

Se solidário é poder favorecer a vida elevando-a à possibilidade de existência. Não deixe a insensibilidade te pegar. Faça algo criativo para colocá-la de lado. Doe seu lugar no ônibus. Pegue uma garrafa no chão e jogue no lixo. Respeite os mais velhos, os iniciantes e os que querem aprender. Ensine. Tarefas que parecem ser fáceis no dia a dia, mas que podem ser verificadas como tais pelo seu grau de resistência em fazê-las acontecer.

Doe um pouco de sua existência e muita gente passará a existir em sua vida. Cidadania, já! Boa educação, sempre!

Boa ondas.

Aloha.