sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dia péssimo!



Tenho refletido muito sobre o tempo em que temos para ser feliz. Às vezes passa tão rapidamente que não percebemos o quanto seria importante dar aquele espaço para a felicidade entrar em nossas vidas, ou até mesmo a oportunidade de fazer as pessoas felizes. mas não é sobre isso que tenho que falar. Apesar de termos todas as oportunidades da vida para sermos felizes, ainda temos potencialidades de sermos tristes apenas por alguns momentos. E hoje foi meu dia de me sentir triste. Esse período em que tenho estado sem trabalho tem sido um dos períodos mais difíceis para mim, e dizer que tenho aprendido seria hipocrisia da minha parte. O que se aprende quando se tem todas as forças para fazer algo útil, quando na verdade não se pode pelo sistema social que nos cerca?
Acho que a maior garantia de graça que posso ter nesse momento é a família que temos. Nisso, questionamento nenhum pode por minha segurança de lado. Posso colocar tudo em cheque, quando dizemos que o quesito seja confiança ( o que tem sido comprovado empiricamente nesses meses que se passaram), mas a família está sendo meu porto seguro.
Onde quero chegar?!? A falta de dinheiro está me matando aos poucos. Não ter dinheiro nem para ir ao cinema é uma das coisas mais humilhantes que pode se passar o ser humano. É muito chato. Deixo de ir à um monte de lugares que seriam muito bons para mim, por falta de dinheiro opto (forçadamente) a ficar em casa. Eu não tenho conceitos de compras, não quero ter isso ou aquilo, mas gostaria de ter o direito - no mínimo - de poder pegar um ônibus. Não posso reclamar, pois tem carro aqui em casa e posso utilizá-lo. Mas é triste, é chato. Tenho me sentido constantemente assombrado com o fantasma do futuro e com a inapropriação de minha vida por pessoas alheias à minha história.
O que se constrói nessa humanidade que possa ser fruto de alegria e prosperidade para o ser humano? Conceitos de alegria? Conceitos de harmonia? Conceitos de fidelidade? Conceitos de superação? Conceitos de salvação? Conceitos e mais conceitos? O futuro assombra minha possibilidade de ser feliz "no futuro". Minhas potencialidades parecem não exercer nenhum movimento no "SEGREDO" que tanto a mídia provocou e nem a minha capacidade de positividade contribuiram para uma borboleta que bate as asas na América do Sul, pudesse provocar um furacão no outro lado do planeta. As coisas não são ondas que vão e vêm. O que são ondas que vão e vêm? Um fenomêno físico chamado MAREMOTO. Assim é minha NADA MOLE VIDA.
Terei que esperar pelo que vem à frente. Aguardar o que a vida me reserva e o que eu tenho de possibilidade para exercer meus caminhos bem traçados. Hoje acordei com uma PUTA falta de pensamento positivo e espero que você que está lendo este post compreenda isso e não me venha dizer que é somente uma fase. Vai pra PQP você e sua expectativa de um mundo melhor no futuro. Pois mundo melhor no futuro eu estou tentando pensar desde que tinha uns 12 anos, quando estudei sobre a boa convivência entre os seres humanos e de nada adiantou até hoje, aliás, nem quero comentar sobre o número alarmante de assassinatos e estupros e roubos e falta de segurança, sem contar com o enorme índices de suicídios e síndromes e síndromes que passam a existir hoje em dia. Por tantas coisas existindo, creio que chegaremos há novos filósofos e novos modificadores de pensamentos.
Hoje eu estou num dia cheio de pensamentos negativos, cheio de coisas para pensar e um futuro brilhante pela frente. É, mesmo diante de tanta chateação em minha cabeça não consigo deixar de ser otimista. Se ano que vem não conseguir nada por aqui, com certeza estarei fora deste estado. Viverei em outras regiões do país.
Eu vivo intensamente todos os meus sentimentos, para não chorar amargamente o fato de não ter vivido intensamente a vida, se hoje estou tão acabadinho... tenha certeza, amanhã estarei muito feliz. Coisas da vida e do ser humano meio louco que sou!
Good Vibes!
Aloha!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Resposta de email...








Fala, Pedroca!!!

A vida muda na medida em que nos abrimos às possibilidades de existência. Graças a Deus, tenho a capacidade de ser transformador comigo mesmo, mudar nunca é demais... aprendemos com o que somos e com aquilo que fazemos na nossa vida. Não alarmei ninguém sobre minha saída, justamente por achar que as pessoas não entenderiam o que se passava em meu coração - e não entendram e não ententem, até hoje. Durante o processo todo, tive que fazer um tremendo esforço para perceber que Deus estava me dando uma das oportunidades mais fabulosas de minha vida: crescer, amadurecer e me tornar mais pessoa. Claro, nossas escolhas tem sempre consequências positivas e negativas, essas trouxeram um pouco de cada, mas nada substitui o valor de ter uma vida nova. Estaremos bem, na medida em que vemos a VIDA como chamado integrante de Deus. E penso, depois de dez anos de caminhada - sabendo que sou, ainda, vocacionado SCJ, vale dizer -, que nenhum dos seminaristas que FORAM MANDADOS EMBORA morreram, ou deixaram de ser amados por Deus, ou perderam o sentido da VIDA, como diz a Igreja. Mas tenho usado uma frase para mim mesmo que poderia ser utilizado anteriormente, aliás, minha avó usava muito: Quem com porco se mistura, farelo come. Não fui mandado embora, tá?!? Eu mesmo saí... hehehe. Tem coisas que só vemos no futuro, com olhos mais maduros e a realidade não é fácil. Sempre disse a vocês para entrarem com tudo, com os dois pés, se possível com voadora. Continuo afirmando isso. Mas visionei outros horizontes e não me arrependo.

Porque disse isso tudo? Foi para falar que não é que não existe chamado. Eu disse, Deus não chama, quem chama é a realidade que nos circunda. Pois, todos entram no seminário porque de alguma forma a realidade que a pessoa vive chama a atenção para uma ação. E é essa realidade que vai fazer com que ela (o vocacionado) seja capaz de querer algo mais para servir e para auxiliar as pessoas. Então busca o seminário.

Refletindo sobre essa parte do livro, percebi que Deus está em todo lugar. E que a vida é tão ampla que a gente consegue servir de maneira positiva, se quisermos, em qualquer lugar que estejamos. Sou número 4 no eneagrama, sou sanguíneo de temperamento, aquariano de horóscopo, devo ter algum orixá de cabeça e um parentesco profundo com Pedro (o pescador), sei lá... sou meio libertário, meio Che, meio Fidel. Tenho um pouco de Maradona, de Dunga, de Bruno do Flamengo, Kaká da Bispa Sônia, um pouco de Dilma, de Lula, de Serra, enfim... sou livre e quero ser assim até o dia de minha morte, mutante (igual a Novela da Record que, aliás, qualquer um pode ser um mutante). E tow na vida para viver, feliz... claro que tenho motivos pessoais próprios que são a maior parcela de minhas decisões, mas isso não vêm ao caso, e só falo pessoalmente. O importante é que você também tomou sua decisão. Firme e lógica, concisa e consciente. Tentar nunca é demais nessa vida, desde que não prejudique a si mesmo e aos outros, uma hora se acerta ou sempre melhora, afinal, crescemos e evoluímos conforme se permite a vida viver-se.

O livro que me pediu, depois desse longo desvaneio chama-se:

Cativados pelo Amor: Temas de reflexão e vivência entre os jovens.

Autor: Vanderlei Soeda.

Editora: Paulinas (censurado)... kkkkk... que tosco!

Olha, um abração nessa nova vida. Mantenha contato. Tow na área! Quando quiser passear no ES terá casa aberta para recebê-lo.

Elberth Bertoli