quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Se chorei ou se sorri...o importante...
A sensação de quando está se acabando alguma coisa de tanta relevância em nossa vida é o fato de que parece que poderíamos ter buscado mais. O tempo se foi e não fizemos tudo o que gostaríamos, não nos entregamos em muitos projetos ao qual nos propusemos em realizar, e não amamos de forma melhor quem deveria ser amado. Meu desejo era elencar algumas infinitas coisas que passam em minha cabeça e percebo em minha caminhada ser comum na maioria dos seres humanos. Essa é a grande dificuldade que temos em acomodar nossa humanidade limitada aos sonhos de nossa alma idealizadora. Chegar ao objetivo de sermos fiéis ao que propusemos.
O bom de nossas falhas é que elas nos dão a possibilidade de recomeçar, de reavaliar e tentar novamente. A vida é um eterno fazer de novo de forma dinâmica, nova e empreendedora. Se não fiz o que me propus, tenho a oportunidade de olhar os motivos, ver as possibilidades que se criam para o tempo que surge e urge respostas. Tenho a grande alegria de começar de novo e ser a mesma pessoa de forma e jeito diferente de viver, ou melhor, de moldar a minha história. Isso é vida!
Numa frase ouvida hoje em determinado momento educacional, me fez refletir sobre a existência e a capacidade de ter inspirações para se sentir vivo: "Inspiração é a capacidade de olhar a realidade e ver nela possibilidades de manifestações de vida".
Quando temos o tempo fora de nossos controles, assim também possuímos a trajetória de crescer e chegar a maturidade, são duas medidas distintas, mas comlementadora. Que bom que não paramos o tempo! Ser criança o tempo todo é chato, ser adolescente a vida inteira é cansativo - muita emoção numa época só -, fomos criados para sermos adultos maduros.
Se a inspiração é o ato de trazer para dentro de si o ar que está de fora e fazê-lo oxigenar o corpo. A inspiração na vida é o ato de trazer para dentro a realidade que nos circunda, deixar a vida de fora se misturar com a nossa vida. Dar vigor aos nossos pensamentos, questionar o nosso jeito humano de perceber o outro e amar o outro.
Toda inspiração deve ter um efeito expirador! Se o ar entrou, ele não permanece em nós, ele não pode ficar dentro é preciso que nós o joguemos para fora, transformado. A inspiração na vida deve trazer o efeito de expiração,lançar para fora aquilo que percorreu a nossa história, nossa digital existêncial. Deixar que o novo saia para o outro, que as ações brotem para o que a inspiração também seja possibilitada para o outro. Se não fazemos isso, se não geramos vida por causa da nossa vida, não somos agentes causadores de novidades.
O fato de termos em nós a grande dialética interior - ser ou não ser? - me ajuda a ter a capacidade de olhar a realidade em que me encontro e ver nela a inspiração de fazer diferente, agir diferente e acreditar que tudo é possível para os que buscam ser (amar) melhor na vida.
Olhando o que não consegui fazer neste ano que passou me faz acreditar que tenho mais motivos para viver e ser feliz, pois o que era projeto não feito, passou a ser projeto a ser vivido e buscado. Transformo o erro em graça, transforma a graça em ação. Ou a graça transforma o erro, e o erro me impulsiona a agir diferente. Sei lá, só sei que é assim...
Portanto, com minha caderneta de anotações em mãos, já tenho uma lista de natal prontinha para o ano que vem... afinal se fizer todos os projetos direitinho, ganharei presentes (rs!).
Querido papai Noel...
Aloha.
Boas ondas.
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